A LINGUAGEM, O DISCURSO
E O MÉTODO.
A construção
de um pensamento lógico, o esforço de estruturação sintática e o empenho no
sentido de transmitir a mensagem, coloca o emissor desta, como protagonista
principal no propósito de criar no receptor um caráter de aderências às ideias no intuito de dissemina-las a todo o tecido
social.
O parágrafo
acima, bem como as frases postas, a princípio, parece prescindir de uma
estrutura lógica, na sua forma de interpretação mais coloquial.
Mas, é este o
propósito desta primeira parte do artigo. Expressar um pensamento ou dizer algo
fático pode acontecer de diversas maneiras, bastando para tal, utilizar adequadamente
as figuras de linguagens. O Estado tem abusado desta prerrogativa, utilizando
de forma recorrente e com muita perspicácia este tipo de ferramenta na mídia.
Haja vista,
os últimos números divulgados em relação ao PIB, o crescimento econômico
previsto para este ano, arrisca-se um prognóstico em 2.3% (2.5% ??) o pior
dentre os BRICS (sigla dos países emergentes como: Brasil, Rússia, Índia, China
e África do Sul) cuja média anual tem sido 3.5%. Em seu recente relatório, o
FMI se mostrou profundamente reticente em relação ao Brasil, pela estagnação
econômica, crescente déficit da dívida pública, disparidade entre os setores de
bens e serviços, dificuldade de investimento e solução dos problemas em
infraestrutura, taxa de inflação acima da meta, desconstruindo todo o arcabouço
que o antigo ministro da fazenda fixou como teto da meta e ainda, o que eles
chamam de contabilidade exótica (eufemismo) praticada pelo banco central.
Tudo isto
está acontecendo no atual exercício político. Contudo, (aí, a linguagem se
torna metafísica) os efeitos destes percalços embora percebidos não se materializem
de forma contundente na população. Primeiro, porque não chegam a tocar o bolso
do contribuinte, caso chegue, é de forma muito suave, quase um resvalo. Quando
isto acontece, e já aconteceu, basta lembrarmos as movimentações populares
ocorridas em junho do ano passado, o “Establishment” logo cria uma estratégia de
defesa, aceitou e atenderam algumas reinvidicações que de tão difusas, e
dispares acabou por favorecer a estratégia dos Governantes, culminando com o
problema da espionagem que caiu como uma luva aos propósitos do Governo.
Entretanto,
um fato novo acabou de adentrar a cena política, trazendo um pouco mais de luz à
plateia, trata-se da fusão ou como estão dizendo a recepção do virtual partido
Rede da egressa Marina Silva em composição com o PSB de Eduardo Campos. Quem
sabe este fato novo, venha trazer o
público para mais próximo do palco, em vez de meros expectadores se tornem
coadjuvantes desta peça política.
Desta forma, a lógica do discurso, tende a
mudar para a lógica clássica ou alética(derivado da palavra grega alethéa
¨verdade¨) onde os argumentos serão
verdadeiros, caso haja veracidade dos fatos ou falso, se não verificado na conformidade
do que foi escrito. (ALFRED Tarski – a concepção semântica da verdade,
SP/UNESP,2007. Apud CARVALHO, Paulo de Barros – Direito tributário, Linguagem e
Método.)
Concluindo,
a linguagem e o discurso que nos tem sido apresentado, está relacionado a uma
metodologia. É preciso estar muito atento ao conteúdo do discurso para entender
a sua forma, a carga ideológica subjacente e a que propósito foi ele construído.
Avança
Brasil !!!
Dados sobre
o autor:
Paulo S.Silvano
Oliveira
Advogado
Extensão em
Direito marítimo
Áreas de
atuação, navegação (onshore, offshore e longo-curso)
“Expertise”
em portos – tendo atuado por 10 anos em portos da VALE.
e-mail: paulosilvano.juridico@gmail.com
Linkedin: BR.linkedin.com/in/paulosilvano
Nenhum comentário:
Postar um comentário