terça-feira, 25 de outubro de 2016

A RIQUEZA E OS HOMENS





A RIQUEZA E OS HOMENS

Uma das grandes vantagens proporcionadas pela democracia é a possibilidade do homem (ser humano) adquirir e acumular riquezas. Não obstante, esta busca incessante pelo acúmulo de bens  no intuito de desfrutar de uma vida melhor no porvir, consome e frustra o ser humano em seus anseios de liberdade e dignidade.

O padrão ocidental para a sociedade civil contemporânea é a busca de oportunidades e igualdade no acúmulo de posses e bem estar social, principalmente nos países desenvolvidos em que a relação capital e trabalho tem sido a mola mestra na construção de uma sociedade mais justa, todavia, extremamente materialista.

 Este desejo epicurista que anseia, sobretudo, encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estejam definitivamente eliminados. A Europa é um exemplo verossímil à esta comparação. Seguido de outros continentes.

Vide exemplo dos refugiados seja devido a guerras, perseguições étnicas e religiosas, ou em busca de novas oportunidades. Todos estes grupos buscam a Europa como destino principal, não somente por ser o continente  mais próximo, especialmente,  por oferecer melhores oportunidades  para trabalho, acumulo de riquezas e segurança.

Não fossem as convulsões sociais e bélicas, as pessoas continuariam a desfrutar dos seus hábitos comezinhos, prezando o conforto da “polis” local entesourando riquezas em detrimento das futuras gerações.

Contudo, inexoravelmente o homem é um ser migratório, tem sido assim desde o início da criação do ser humano em Adão ( o autor propugna pela teoria criacionista).  Historicamente presume-se, teve inicio no antigo Egito e passou a ocupar todo o mundo relacionado àquela época, criando identidades culturais diversas, não obstante terem somente um tronco comum. 

As grandes metrópoles experimentaram estas transformações, com influxo de pessoas em busca de oportunidades e geração de riquezas. Todavia, hoje vivemos o lado oposto destes movimentos. Com o incremento da insegurança e terrorismo, os países passaram a adotar uma postura de rejeição a entrada de imigrantes em seus territórios, causando com isto um sentimento de xenofobia que se espalha horizontalmente por todos os continentes.  

Malgrado seja a situação que  impelem estes refugiados em busca de segurança e oportunidades para suas famílias, o medo, a  rejeição e a concorrência, faz com que os governos levantem muros para impedir a entrada dos desterrados. Embora se fale deveras em inclusão social, na prática vemos o contrário. A exclusão social e moral se perpetuam através de imensos campos de refugiados espalhados por toda Europa, criando uma verdadeira degradação humana.

A humanidade está falhando na construção de uma sociedade mais tolerante e igualitária. O princípio básico que rege os povos que é a principal lei moral e espiritual dos homens. “ O amor ao próximo” está sendo encoberto. Minando esta base, temos uma sociedade disforme, edonista em que os discursos e a argumentação filosófica dos lideres mundiais tornam-se uma construção dialógica em que a verdade não está em nenhum lado do conflito, com isto, despreza-se as causas e consequências em busca de um consenso.

Não há paz e segurança neste mundo atual, a não ser que haja uma inflexão de valores éticos e morais, como essenciais para o melhor modo de viver ou agir em sociedade de modo geral. 


By : Zadok Zenas

Algarve

Nenhum comentário:

Postar um comentário