domingo, 3 de maio de 2015

SOCIEDADES UTÓPICAS / UTOPIAN SOCIETIES

SOCIEDADES UTÓPICAS





Em meio as manifestações sociais acontecidas nos meses de março e abril deste ano, a conceituada revista Britânica ” the Economist” noticiava que os Brasileiros saiam às ruas para protestar contra o governo e manifestar indignação pelo atual estagio de corrupção no país, comendo pipocas, tomando cerveja e com crianças vestindo trajes de super-heróis. Para eles, uma espécie de manifestação surreal no hemisfério sul.

A Europa, velho continente, tem larga experiência em evolução de sociedades. Estas transformações se deram de forma bastante gravosa, passando por guerras, revoluções, pestes, perseguição, tortura, extremismos religiosos, diversas formas de violência até chegar a um pacto social ou contrato social, como propugnava Rousseau.

Os países, ou sociedades europeias, sabem que a evolução ou mutação de classes, geralmente ocorrem de forma disruptiva, precedendo sempre a violência de grupos radicais prontos a acederem o estopim do caos para engendrar uma mudança. Percebe-se hoje, os esforços de governos europeus, principalmente na zona do euro, em manter as conquistas ou acordos firmados, de forma a consolidar uma União Europeia forte, livres de qualquer convulsão social que lembre o passado; no que estão certos.

Mas..voltemos a nossa sociedade e suas diferentes características na construção de  um novo mundo. Vejam que a atenção da revista não se voltou aos cartazes e as reivindicações das mais diversas, tais como: volta do governo militar, impeachment, fora políticos, etc. O que chamou a atenção da revista foi a forma como estas reivindicações estão sendo externadas, dentro de uma visão empiricista da realidade social europeia.

Todavia, isto não é absoluto, Uma breve retrospectiva ao século XVIII, podemos constatar algumas peculiaridades na construção de uma sociedade idealizada por Saint-Simon[i] Para este filosofo Frances, “a modificação das relações sociais e as estruturas políticas da França, de um sistema arcaico feudal para uma sociedade industrial, se dariam de forma pacífica, apesar da existência de um risco de explosão violenta por parte da aristocracia que possuía o poder de mando. Este, poderia seria mitigado pela  natureza da ação industrial que é diferente da ação guerreira da aristocracia.[ii]

Àquela época, de forte presença do estado e crescente expansão colonialista, era costume dos filósofos e pensadores  construir um ideal hipotético de sociedade perfeita, uma alternativa ao modelo estabelecido, sopesando o sofrimento de um povo em busca de liberdade e justiça social.

Imaginava-se uma sociedade em que a propriedade privada não fosse o eixo de vontade do ser humano. A diminuição da jornada de trabalho e a criação de centros culturais, esportes e lazer para a comunidade na busca de um equilíbrio natural.
  

 Mais tarde, rompe-se este pensamento, pela filosofia positivista de Comte( Auguste Comte – filosofo Frances, discípulo de Sain-Simon) Segundo a qual a observação subordina a imaginação, e os fenômenos sociais devem ser observados e estudados para busca de respostas.

Hoje, o mundo globalizado, as redes sociais e a comunicação virtual, trouxe uma nova realidade à nossa sociedade contemporânea, aprimorando suas demandas. Em resumo, as principais queixas desta sociedade, gira em torno do excessivo poder do estado, um leviatã (monstro), sempre ávido para gastar, mas, demasiadamente lento a retribuir, uma classe política totalmente desvinculada dos ideais sociais, além da corrupção.

Estes, os políticos sim, constroem sociedades idílicas para seus pares e compatriotas navegando sempre no mar dos povos, segundo eles, enfrentando monstros vorazes, tal qual a lenda de beowulf(herói mitológico escandinavo). Por sua vez, a sociedade, embora elegendo esta classe política, não se sente representada por ela e nem acreditam em seus discursos. Eis ai criado um hiato de poder.


Não há dúvida que avançamos na redução da desigualdade social. Contudo, este avanço se deu de forma desordenada. Cerca de 30 milhões de pessoas foram alçadas a condição social mais benéfica, passando a somar com a classe média em sentido consumeirista. Entretanto, resultou numa compressão social, pois não houve melhora da classe B (média), gerando uma mistura de demandas difusas que até hoje os partidos e o governo não conseguem entender.

Se não entendem a mensagem, há um ruído, se este ruído não é percebido ou decifrado, não há resposta satisfatória ou condizente aos anseios populares. Desta forma, estamos em um deserto girando ao redor de um monte, sem perspectiva de saída.

Concebeu-se uma ideia, a de reduzir as desigualdades sociais, mas não desenvolveram um projeto de longo prazo, sustentável, que pudesse conduzir esta massa de pessoas, chamadas cidadãos e não simplesmente consumidores, a construir uma sociedade avançada, com plenos conhecimentos tecnológicos, culturais, ambientais, etc, fomentando novos valores.

Em momentos de crise é preciso convergir em um  ideal que nos une, na concepção de pensamentos novos e instituições em sintonia com a demanda social. Como diz o filosofo e escritor Pondé[iii] , está faltando debates acadêmicos nas universidades, escolas, associações de classe e formadores de opiniões em conjunto com a sociedade para propor soluções. Sonhar é preciso, projetar o futuro na busca de novas concepções e fatos novos. (grifo meu).


  



Dados sobre o autor:

Paulo S.Silvano Oliveira
Advogado
Extensão em Direito marítimo (transporte marítimo, oil & gás, avarias, etc)
“Expertise” em portos – tendo atuado por 10 anos em portos da VALE.
Shipowner, shiprepairs and logistical companies.
Linkedin: BR.linkedin.com/in/paulosilvano



Referências




[i] Claude-Henri de Rouvroy, Conde de Saint-Simon, nascido na França em 1760.
[ii] Os socialismos utópicos – Petitifils, Jean-christian. Pag.58
[iii] Luiz Felipe Pondé – Filosofo, ensaísta e escritor – cronista da folha São Paulo.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

12 CRANES WORK SIMULTANEOUSLY ON CONTAINER SHIP

Kerguelen
By MarEx 2015-04-28 03:43:57
CMA CGM’s newest vessel CMA CGM Kerguelen has made its first call at the Port Klang Port Terminal in Malaysia. The terminal has set up a unique arrangement for the vessel so that 12 cranes were simultaneously used to match the vessel's exceptional length (398 meters) and capacity (17,722 TEU), setting a new record for one of the group’s vessels....Read more at

domingo, 26 de abril de 2015

CHINA COMES TO DJIBOUTI



Why Washington Should be Worried


The tiny African nation of Djibouti is the unsung hero in the United States’ ongoing war against terror and piracy. A few security scares notwithstanding—the U.S. embassy was briefly closed earlier this month for unexplained reasons—the country is a rare oasis of stability in the Horn of Africa. Camp Lemonnier...READ MORE BELOW


EU - REOPENING OLD TRENCHES

Photo Gallery: A Lonely Victory

....May 9, 2015 shows that there are also other reasons why the war still hasn't ended for Russia. It demonstrates that the country's leadership needs the memory of that war more than ever, even though only a few soldiers who fought in it are still alive today. Finally, it shows that this anniversary, unlike all previous victory celebrations, has become a European political issue, because old trenches on the Continent have ...READ MORE

EU - REOPENING OLD TRENCHS

quinta-feira, 9 de abril de 2015

CARRIER OR OPERATOR LIABILITY INSURANCE



Vessel in berthing manoeuvring

CARRIER OR OPERATOR LIABILITY INSURANCE


The underwriters can subrogate on behalf of the insured on the events of claims or loss. The underwireters Will assume all liabilities and payment of the claim, thereupon, they shall be entitled to acting on behalf of the insured and regress against  those who gave cause to the damages, according to Brazilian civil Law. Lets take as example the fire occurred in whatever wharehouse port, where certain goods are stored.

The goods stored in port areas, mainly for  imported purposes  waiting the usual procedures for Customs clearance, or be removal to the private bonded warehouses. While in port or warehouses, cargoes must be handled by ports operator only inside the port yard, the international transport insurance Will cover the cargo upto the discharge of goods at the destination port( asper INCOTERMS) henceforth, the warehouse trustee Will assume all responsabilites on the cargoes in their custody up to be delivered to the consignee or importer assigned in the Bill of lading(B/L).This is the most appropriate way and indicated, as exporters and importers need a safe spot, with quick response. The speed of business in international trade does not support delay, requires a lot of skill by the operators.

Exports in the FOB condition used to guarantee insurance cover of the goods up to the loading ports, in order to avoid risk for damages on inland transport. Once the goods are delivered to the port warehouse trustee, the risk and liabilities shall be assumed by the port trustee/port operators.(joint liabilities). Therefore, its allowed to the shippers/exporters to extend the insurance cover to the port yard, in order to minimese risks. In the export FOB, left to exporters rely on insurance third companies for which the goods were delivered. Sometimes, these companies have not always safe with sufficient amounts to meet all affected, should any claim arise and brought huge losses to various companies.

Imports whose insurance were hired in Brazil, are guaranteed while the goods are in the port area, for the period of risk covered in the insurance policy. Importers who trade on CIF base, will have to check the policy given by the exporter abroad, where the coverage limits, invariably with the loading port or unloading at the port or airport of destination, depending on the contract terms.

Should any claim or loss occur, such as fire or any other damages to the goods, the risk insured  being driven by international transport insurance, or by ports underwriters it would certainly be paid off after the claim regulations procedures. Therefore, it is much safer to rely on your own insurance company. Should any claim arise, the insurance company Will settle the amount more fast and Will be subrogating in the proper insured rights to recover against who gave cause to the damages, according to Brazilian law in force.  Usualy, the proper insurance policy provide a clause enable the underwriters acting on behalf of the principal policy holder. 




By; Paulo Silvano (maritime lawyer)
Paulo S.Silvano Oliveira
Advogado
Extensão em Direito marítimo (transporte marítimo, oil & gás, avarias, etc)
“Expertise” em portos – tendo atuado por 10 anos em portos da VALE.
Linkedin: BR.linkedin.com/in/paulosilvano

domingo, 5 de abril de 2015

Geopolitical Tremors: AMERICA, NUCLEAR TALKS AND THE NEW MIDDLE EAST.


The Beau Rivage Palace Hotel in Lausanne, Switzerland is the site where the US and Iran are hoping to reach a nuclear deal on Tuesday.
The Beau Rivage Palace Hotel in Lausanne, Switzerland is the site where the US and Iran are hoping to reach a nuclear deal on Tuesday.
The US is rethinking its approach to the Middle East and has even found commonalities with erstwhile archenemy Iran. Meanwhile, relations with traditional American allies, such as Israel and Saudi Arabia, are cooling. A nuclear deal could further the shift.....Read more at

http://www.spiegel.de/international/world/nuclear-talks-with-iran-show-new-us-approach-to-middle-east-a-1026489.html

sexta-feira, 3 de abril de 2015

WHAT BRAZIL NEEDS TO REALLY GROW



Resillience and flexibility seem to be core beliefs of moderate optimist Paulo Stark, CEO of Siemens Brazil when he talks about his business and Brazil´s economy. Stark, an engineer who began his career with Siemens more than two decades.... READ MORE


http://rotterdamweek.com/2015/04/02/what-brazil-needs-to-really-grow/